Fotos: Google Street View (Reprodução)
Num trecho, só há meio-fio para proteção dos veículos que passam pela via lateral de acesso à Gare. Na Calourada, havia gradis móveis
O caso da queda do homem no viaduto da Gare é mais um exemplo de que, por mais que se pense em medidas de segurança, nem sempre elas podem ser suficientes para evitar um acidente. Já havia me chamado a atenção que esse e outros viadutos têm guarda-corpos muito baixos. Recentemente, estive em Brasília e lá, os viadutos sobre as avenidas da Esplanada dos Ministérios têm proteção bem baixa, de cerca de 50 cm. No caso de um ciclista bater num pedestre, pode exemplo, pode haver uma queda. É difícil acontecer, claro, mas não impossível. Não há como evitar os acidentes. Mas é por isso que existem regras de prevenção, para tentar reduzir o risco de um acidente ou a sua gravidade.
No viaduto da Gare, a rua lateral de acesso para a Estação Ferroviária é estreita e tem calçada em frente à Escola de Aprendizagem Industrial (Emai), mas nada impede que crianças ou adultos andem na beirada do viaduto e, por um descuido, acabem caindo lá embaixo. Até um veículo ou ciclista pode, no caso de um acidente, cair no viaduto, pois lá em cima, só há um meio-fio baixo protegendo a pista lateral do fosso do viaduto. É como se construíssem uma escadaria alta sem corrimão.
É preciso que a prefeitura avalie se não é mesmo o caso de construir um guarda-corpo de concreto ou de metal ali. Até porque o Largo da Gare passou a ser usado cada vez mais para grandes eventos, em que a rua lateral acaba virando uma calçada para entrada e saída de pessoas – no caso, uma multidão.
Outro local que é perigoso e tem uma parte do guarda-corpo faltando é no viaduto Evandro Behr. Se uma criança pequena, que sai correndo a esmo, soltar-se da mão do pai ou da mãe, pode ir para o gramado e cair na pista do viaduto, lá embaixo.
Questionada ontem pelo Diário, a prefeitura informou que reforçou ontem a proteção para o evento da Calourada e que, depois, avaliará se há necessidade de uma obra no viaduto da Gare.
Se o município quer incentivar a realização de grandes eventos na Gare, precisa avaliar essa questão para evitar novos acidentes desse tipo no futuro.
